Atos 4:32-35 sai de uma situação um pouco onírica (estou falando a situação mas de forma alguma coloco em dúvida a veracidade dos fatos mencionados em 23-31) para um relato mais prático de como era o comportamento daquele grupo de irmãos que se reuniam como igreja.
Os apóstolos com grande poder falavam davam testemunho da ressurreição de Jesus, e aqui eu pensei numa coisa legal, provavelmente os apóstolos não chegavam em alguém e diziam “Ola, bom dia, Jesus ressuscitou.”, eles deviam contar toda a história da promessa de um messias e bom... até chegar na ressurreição, penso que este testemunho não ia muito além de contar uma história, a história da salvação do povo de Israel e de como Deus foi misericordioso, também deveriam ter vários pontos em que eles descreviam coisas sobre o comportamento santo de Jesus que foi tentado também e passou por dificuldades como passamos mas nunca pecou. É justo pensar que apesar de eu estar aparentemente certo nas minhas suposições eu estou provavelmente errado em chamá-las de interessantes porque isso seria o normal. Mas o que eu gostei de pensar dessa forma é que eles contavam uma história de alguém que andou com o Deus encarnado e provavelmente contavam também a história de antes disso, antes desse Deus se encarnar e da promessa que foi cumprida, eles contavam uma história que nós temos escrita na Bíblia, a diferença entre o “poder” que os apóstolos tinham para testemunhar e o nós cristãos, crentes em Jesus Cristo é uma: o Espírito Santo, nós temos o mesmo conteúdo que eles e de certa forma vivemos no mesmo período que eles também: depois da ressurreição e antes do retorno, temos a mesma capacidade de pregar e testemunhar com fidelidade sobre a obra de Jesus aqui na terra. Por que nós não fazemos isso?
Eu me desculpo pelo grande parágrafo, pode ter ficado cansativo mas é que as ideias foram se acumulando e acabou ficando maior do que eu esperei, o texto que eu mencionei no primeiro parágrafo tem mais coisas ainda, fala sobre como a igreja estava unida nesses dias e não haviam necessitados no seio da igreja, se alguém tinha alguma coisa a vendia e depositava o valor total aos pés dos apóstolos, e esses iam distribuindo conforme cada um necessitava. Ninguém passava fome mas é pouco provável que haviam ricos lá também. Não sei como encarar esta situação, o dinheiro se tornou uma questão muito delicada em nossa sociedade (por causa do amor ao dinheiro, sim) e tenho quase certa de que o comportamento da igreja muda depois dos apóstolos, acredito que somente a igreja primitiva tinha essa visão desse jeito... Não vou me aprofundar nisso agora, o recado já foi dado e esse texto talvez vá para algum lugar diferente de uma pasta especial no meu computador.
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