Às vezes eu me pergunto: será que sou raso e superficial? Tanta gente fala de sentimentos – nobres, românticos, belos. Mergulham na alma. Se compadecem.
Eu sempre estou lá, impassível, lacrado, como um pato que impermeabiliza suas penas e não se deixa molhar, nem por um segundo, pelas águas do lago.
Taí. Vai ver que eu não sou superficial, apenas não tenho empatia. Isso me ocorreu esses dias. Não sentir a dor do outro, não dizer palavra amiga, não falar do que não sinto – sei lá, o amor?
É. Sou um pato. Um grande pato branco e gordo.
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