E foi no final da noite que conseguiu entrar no pequeno apartamento, iluminado, em grande parte, pelo aparelho televisor. Seus pés, leves como a pluma, o conduziram ao sofá onde ela estava, com seu cabelo negro e curto, deixando à mostra seu longo pescoço, tão conhecido por ele. Parou, estático, sem se deixar notar, observando-a pela última vez.
Ah! Aqueles tempos felizes, quando tudo era tão simples, era tudo tão cândido, tão inocente. O sabor do beijo, o abraço na chuva, o café da manhã na esquina do prédio. Lembrava de seus olhos verdes fitando-o, marcados por um escuro delineador; e sua boca vermelha sugava o canudinho e depois sorria. Mas não mais.
Tudo foi borrado de cinza um dia. Cinza liquefeito em lágrimas. Joelhos no chão não a impediram de estraçalhar seu coração, que sempre fora tão solícito a todas as suas vontades. E tudo o que era doce acabou. No dia 13.
E, detrás do sofá, no final da noite, ele observou, pela última vez, a tatuagem no pescoço. E seus cabelos. Sentiu o cheiro. Pediu perdão. E sacou a arma. Banhou-se em sangue. Viu suas entranhas. Encheu a taça de vinho e esperou o sábado chegar. Sábado tinto de sangue.
O sangue fresco de sexta.
Ah! Aqueles tempos felizes, quando tudo era tão simples, era tudo tão cândido, tão inocente. O sabor do beijo, o abraço na chuva, o café da manhã na esquina do prédio. Lembrava de seus olhos verdes fitando-o, marcados por um escuro delineador; e sua boca vermelha sugava o canudinho e depois sorria. Mas não mais.
Tudo foi borrado de cinza um dia. Cinza liquefeito em lágrimas. Joelhos no chão não a impediram de estraçalhar seu coração, que sempre fora tão solícito a todas as suas vontades. E tudo o que era doce acabou. No dia 13.
E, detrás do sofá, no final da noite, ele observou, pela última vez, a tatuagem no pescoço. E seus cabelos. Sentiu o cheiro. Pediu perdão. E sacou a arma. Banhou-se em sangue. Viu suas entranhas. Encheu a taça de vinho e esperou o sábado chegar. Sábado tinto de sangue.
O sangue fresco de sexta.
muito muito muito bom
ResponderExcluirUma sexta-feira 13 não pode passar batido, não é mesmo?
ResponderExcluirThank you very much!